sexta-feira, 8 de julho de 2016

Viés


Aquela pessoa perdeu o medo,
Isso é um perigo quando
Atravessar as pantanosas
Ruas movimentadas, ou desérticas,
For seu degredo.
Por que a pessoa perde o medo,
Se a outra está a amedrontar-se?
E atravessa essa linha imaginária
Do perigo iminente?
Como é essa sobrevida dela
Entre arames e serpentes?
A idade da pessoa a faz madura
Ou dura mais que a verdade
De seus temores?
O que obtém do mal essa pessoa,
Além de também se tornar mau?
Qual o objeto de seu delírio
Se já não teme infortúnios
E semeia verdades?
Aquela pessoa perdeu seu medo
Entre as agruras engendradas puras
Nessa pessoa, antes pura,
Que se fez dura, à idade.

sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Scortecci, Saraiva. 
Incógnita (Portugal) 
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Perse e Clube de Autores




Eu vim buscar-te...
Buscar-te em mim,
Como se fosse fácil
Achar-te assim...







Neste momento,
Em que anuviam as promessas,
As ações proibidas
Parecem ser as certas.












Agora que as paredes
Estão azuis
Pretendo viajar minhas dores
E deixa-las, uma a uma,
Cada uma em um lugar,
Para que, na volta,
Não peçam socorro
À minha alegria de as deixar
Ao ter ido...
Os idos e as idas
Fazem parte dessa lida,
Parte essencial
Para que as paredes
Se tornem azuis
Em algum momento
De vivido ser-me.






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