sábado, 1 de outubro de 2016

Busca e apreensão


Esta noite está terminando
Como todas as outras noites...
Notícias pululam sobre prisões.
Pouco mudou desde 1930,
O sangue verte de bocas sedentas,
Pessoas buscadas em suas casas,
Em bares, em hospitais, para dizer
Outra vez tudo que já foi dito...
Esta noite não será diferente,
O sono vencerá o jornal da tv.
Amanhã um novo apreendido...
No fim soltos com tornozeleiras
E os bilhões em suas contas...
Aprisionados em suas casas,
E nos sentiremos vingados
Pela crise que fabricaram
Para nosso consumo.
Os menos sábios continuarão
Nas cadeias imundas
Vertendo sangue...



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