quarta-feira, 8 de novembro de 2017

                                 Intersexualidade

            Estado intermediário entre o sexo masculino e o feminino; INTERSEXO

(O Projeto de Lei de Identidade de Gênero visa alterar o artigo 58 da Lei nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973 e estabelece, entre outras coisas que todas pessoas tem direito ao reconhecimento de sua identidade de gênero, o que envolve a modificação da aparência através de medicação e cirurgias. A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, enviou um ofício para o Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, pedindo a apreciação e a aprovação do PL 5002/2013 de autoria dos deputados federais Jean Wyllys e  Erika Kokay .“Quando, por qualquer razão, seja negado ou não seja possível obter o consentimento de algum/a dos/as representante/s do Adolescente, ele poderá recorrer a assistência da Defensoria Pública para autorização judicial, mediante procedimento sumaríssimo que deve levar em consideração os princípios de capacidade progressiva e interesse superior da criança”, diz o inciso 1º do artigo 5º do Projeto de Lei.)
Até o século XVIII a ciência reconhecia formalmente apenas um sexo entre os humanos, a diferença seria a internalização dos testículos na mulher. A partir da revolução francesa, de 1789, o meio científico passou a aceitar a dupla sexualidade, ajustando-se à realidade social do momento, um pensamento que desprezava a dualidade entre macho e fêmea, sem relação com a natureza física corporal, reconhecido pela antropologia em toda a fauna.
Na década de 1990 o termo intersexo saiu dos ambientes de clínicas para estudos sociais sobre a sexualidade, alguns estudos consideram que três sexos ainda não definem a raça humana. A revista The Sciences defende a existência de cinco sexos: Masculino, feminino, hermafrodita, ferm (com ovário e genitália masculina) e merm (com testículo e genitália feminina). Naquela década a norma era que pessoas com genitália ambígua deveriam ser operadas ao nascerem, e feito um tratamento com hormônios sexuais. Acontece que cada vez mais cientistas estão deixando de se fixar nos genitais e atentam para o cérebro dos pacientes, como marcador dessas diferenças. É possível que, por meio de estudos, a ciência se livre do drama ético para com as pessoas com sexo ambíguo. Esta busca pode aplacar o drama de milhares de pessoas, capaz de provocar depressão e cisões familiares.

         Enfim, se em tão pouco tempo, depois de dezenove séculos acreditando que tínhamos todos um sexo único, chegamos à conclusão, estapafúrdia pela demora de antes, de que somos diferentes, homens e mulheres, dois sexos distintos, por que não intuir que, uma terceira divisão possa se inserir no cotidiano de nossas vidas, contribuindo para o debate sobre essas variantes na sociedade? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário