sábado, 10 de julho de 2010

Onze horas


A janela se fecha.
O quarto é cego, é surdo, é mudo,
Apenas o compasso da chuva lembra
Que anoiteceu outra vez,

Escuro das idéias que ficaram
zunindo na cabeça
Desda manhã, e não fogem,
Param de atormentar os deveres.

Passa a ser rotina pendurar idéias
Nesses varais de esperas, e,
Apenas perguntar ao quarto
Se amanheceu já sua dor

De cego, surdo e mudo ante o
Ficar, imóvel, olhando ao espelho
A janela que fecha, no escuro,
As parições da luz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário