quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Na calada


Serenamente constato
As elucubrações vividas
Em instantes definidos raros:
O barulho de alguma coisa
Caindo na madrugada
Sendo muito maior que
A mesma coisa caindo
No meio da tarde.

Metaforizando:

O baque do governo
Em plena noite de domingo
Na eleição para a presidência
Da câmara...
Ah, se não fosse domingo,
Que barulho faria esse baque
Aos ouvidos desatentos,
Ou medrosos de ouvir...




Anos dourados


São lindas as moças
Que passam...
Que passam pela memória
Dos tempos idílicos
Quando
Qualquer gesto era convite,
Qualquer convite um perigo...
São bonitas as moças
Passando
Numa memória de risos,
Corpos feitos estátuas
Esculpidos pelo sonho
De os ter vivido...
São tão lindas as moças,
Que a lindeza delas
Faz sentido.


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