sábado, 21 de fevereiro de 2015



A menos que...


A causa negligencia velhices,
Um paletó esfarrapado na cadeira
Aponta a idade vencida do senhor
Cansado de cercar as soluções

E nisso perder suas arestas...
A menos que a alma aplauda
O corpo que desfalece, a mão
Espalda a dor que a desmerece.

O encanto que se foi recrudesce
No tempo de torpor e uma prece
Demasiado longa em silêncio...

Quem à vida pôs toda a força
Já não gesticula o que padece
A menos que alma mantivesse.








Vamos enterrar o senhor dos sonhos


Os sonhos floriram na juventude
Entre abrasivos pendores cênicos
E uma força brutal de sobrevivos.
Mas o senhor dos sonhos está morto

Nesta realidade vil que nos plange
Abar que desfrutamos dessas dores
E retornamos lesos dessa guerra
Na paz que replantamos nas ideias

Vamos enterrar o senhor dos sonhos
Na real aspereza de vencer trilhas
E caminhar ilesos, cabeça erguida!

Mas o senhor dos sonhos está morto,
Mas o senhor dos sonhos está morto,
Vamos enterrar o senhor dos sonhos!

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