quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015



Antanho


Pelos silêncios sonhamos,
A benesse das madrugadas
Seria enfim o antanho
Suposto sobressaltado.

Neste silêncio confabulamos,
Olhos nos olhos,
As coisas que a vida salva
Do esquecimento...

Perduramos assim
Para a próxima geração
Nossos passados conjuntos
Pelo silenciar das palavras...

O que dizer do que se disse
No calor das emoções              
Se o tempo apaga a razão
De lembrá-las?






Normas atuais


Essas canções antigas
Diziam tanto das paixões
Reprimidas...

O que dizer para hoje
Sobre o ficar das crianças,
Esputando feridas?

O sangue dessas salivas
Irrompe pelas faces
Falácias de contenção.

Quantos sermões
Serão necessários            
Para cada exumação?










Na perene morte igual
Do livro itinerários

Na perene morte igual
Para todos os seres
A pergunta se cala.
Dinheiros e fachadas
São de vidro esfumaçado,
Não deixam ver o futuro
Não clareiam o passado.

Pessoas de fino trato
Aqui se igualam aos
Mortos em batalha,
Em campos concentrados
Ou nos rios turbulentos...
Todos afogados
Na própria halitose.

Com falas mansas
E olhos de feras seremos
Drogados pelo vício
De conter verdades,
Espalhar a mentira
Que dirá de tumultos
Desvairados.

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