sexta-feira, 14 de agosto de 2015




 desaforismos



Que te passa, hombre?
A mim, nada,
A mim já se passou...







Não gosto de feriados...
Formam um vácuo no tempo
Os problemas se amontoam
Para o daí seguinte...











Quando tudo fica doído
Até o pensar perde sentido...










Poesia é labirinto.
Tu dizes o que passa,
Eu digo o que sinto...











Com a idade os passos
Encurtam, Talvez porque
A pressa não seja
O principal assunto.






No escuro da caverna


São pontos de luz neste escuro,
Reflexos da poça de água
Que se fazem sentir nos poros.
Caverna... Caverna...
Quando foste minha casa?





Boi de piranha


Cada movimento à frente
É um petisco que se põe no rio
Para salvar toda a manada...







Guardei o sol de ontem
Para o dia chuvoso hoje.
Procura aí pelas gavetas,
Que a memória às tem tantas...
Encontrará meu sol,
Meu riso, meu choro,
Que continuo esperando
Esse tempo chuvoso
Para soltá-los todos...




Das desnecessidades
Do livro   ponto de vista

É desnecessário
Relembrar os maus momentos,
Onde a dor foi maior...
Desnecessário
Conviver com a falácia do poder,
Que fere ouvidos...
Põe-se a revolver sentimentos
Hostis ao sentido de ser.
Será desnecessário
Remoer as dores que feriram
Por profundas...
Só é preciso esquecer...
Que as dores cicatrizam,
Os momentos confraternizam,
Os falaciosos se calarão
Por impossível ser ouvido,
E ver, com algum sentido,
O necessário passo ido
Desfazer-se...

Sergiodonadio.blogspot.com

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