sábado, 8 de agosto de 2015

Oscilações
Ao meu pai (sempre presente)

Quanto tempo, pai, que não vens
Dizer o tempo que me vale ser?
Quanto vivemos ansiar o tempo?
Quanto perdemos vigiar o tempo
De convívio, da amostra de risos,
Das lições vividas? Das perdidas
Chegadas e partidas...

Tempo das severas despedidas
Que se desfazem em vidas...
Tempos de sorrir chorando
A vez de ser tempo passado,
De te ver passando...
Tempo de destemperar,
Tempo de deslembrar o tempo...
Beijar as mãos... Pedir perdão,
Pedir esta benção tempo vida,
Que se fez capaz de sonhar...
De querer querer-se bem,
Que foi este o prometido ser
Para esquecer-se de chorar
tempo ido, que deixou de ser?
Quanto tempo teremos
Para relembrar o comovido
tempo esquecido a esmo?
Que nos deixe tocar as mãos
Que se afastaram há tempos...
Quanto tempo o tempo vale?
Então o tempo que se cale!
Sergiodonadio.blogspot.com

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