quarta-feira, 24 de maio de 2017

Advertência


O princípio
É o ultimato!
O princípio
Não é o fim,
Não é o meio,
Não é recheio…
O ultimato é saber
Da criatura
-Por que veio?
Mãos à luta!
Guerra ao freio!
Na labuta,
No espremeio…
O ultimato
É, enfim, o lindo,
Vindo do feio.







Passagens


Quando passei de
Uma certa idade das meninices
Sabia de um certo atraso
Das inteligências…
Tipo perceber do mau
Quanto mal faria, o olhar
De certas meninas,
Que da paixão não me entendia,
Apenas apreciação.
Todos passamos por essas idades
Antes da razão, depois da inocência,
Num intermédio de sentir-se
Desamado, e ao mesmo tempo
Querendo muito conhecer
Esse outro lado.








Sussurros e impropérios


Sussurram pela aí
Todos os impropérios,
Sempre à meia boca,
Que o medo faz o silêncio
E trai se gritam as vozes,
Os xingam, se não…
Então se espalham
Acumulando raivas,
Contidas pela borracha
Amarga policiada.
Sussurram pela aí
Toda sorte de críticas,
Mas silenciam ao ver
Que o dia inda floresce
Em meio à grita,
E põe-se a favor da ordem,
Contra a parede,
Os baderneiros?
Esses, que tumultuam
A procissão dos cegos
Ante a visão dos egos.

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Aos tantos anos


Aos setenta anos
Sou um sobrevivente
De todas as malárias,
Cataporas, ruínas
Que ficaram para trás
Nos anos que passaram
E se desfizeram…
Sobrevivi a tudo,
Ou quase,
Guerras de cá dentro,
Guerras de lá fora,
Vontades de ir embora,
Que ao vicejaram
Por não ter coragem
De repartir-me em tantos,
Arguido ao pranto
E ao riso dessas horas
De meus encantos.





NO AGUARDO


Não sei bem o que espero
Dessas tardes mornas…
Aguardo notícias reais,
Espremo o que vem de fora
Mas não conforma
Minha espera…
São tempos de resguardo,
De vísceras expostas
Dessa série de cuidados
Desastrosos…
Sei bem o que não espero
Dessas tardes mornas…
O benfazejo retorno
Das idas aos longes ermos
De primaveras gostosas…
Aguardo sonhos reais
Da irrealidade formada

Dessas tardes mornas…

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