sexta-feira, 25 de setembro de 2015



VELHO COM MEMÓRIAS           

Agora, de estar velho
Nos poemas lustrados,
Das manhãs havidas entre
Sal amargo e noites idas...

Agora, se estou velho,
Guardo memórias áridas
Dos aconteceres vividos
 Pilares de ferro sentidos...

Agora,quando estou velho,
Talvez a lembrar motivos,
Como o arguido em defesa
Das mentiras verdadeiras...

Alma iluminada experiência
Transita entre os momentos
Lembrados, ou inibidos,
Das verdades mentidas.

Agora estou velho...
Com as memórias
Das músicas curtidas
Dos tempos vividos.


Castiçais

Por qualquer motivo
A alma iluminada de ternura
Choraminga ao som de ontens...
O baque do vivido.
Brilha aos olhos o sorriso
Da criança, do senhor antigo,
Ante a música do esquecido
Clamor de tempos levados
Com as águas invernais
A algum abrigo...
Por qualquer motivo
Paixão por indefinido sufoca
O que seria paz para o sentido,
Ordens a te ordenar caminhos
Empedrados entre gramas,
Picados em mata virgem...
Memória desses momentos
Idos, revisitados, revividos...
Por qualquer motivo,
Nunca um motivo qualquer,
A vida a fazer sentido
Em cada sorriso...
Sob a vela rescendida
No castiçal sofrido.

Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse,
Clube de Autores, Amazon




Ilusões do essencial


Não diga ao mundo
Que te falta amor fraternal...
Não diga ao vizinho
Que te falta açúcar ou sal...
Não diga ao senhor
Que te falta respeito ao tal...
Que o tempo é assim dividido
Entre o que seria preciso
E o essencial...

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