sexta-feira, 13 de novembro de 2015



Hereditariedades forçadas

As correntes foram quebradas?
Mas deixaram marcas, cicatrizes,
A raiva de terem servido
De amarras...

As promessas foram cumpridas?
Mas deixaram o ranço da marca
Indelével, nas nádegas?
Nas almas!

O orgulho ficou afetado?
Sem sombra de dúvida que sim...
Que marcou fundo a inação
Das chagas.

Levados de volta ao remorso
As partes se bolem e machucam
As amarras desfeitas
E suas marcas...

As correntes quebradas revivem
Na memória das dores, feridas,
Amargas lembranças
De suas chagas.




Lises


A picada das coisas muito doces
Rememora fatos que se foram
Nas águas calmas da turbulência,
Assim despercebidamente?

Assim, mansamente turbinosas
Como foram surgindo nos atos,
Nas esperas, nas vindas e idas
Das fases deixadas viverem...

A picada das coisas se mostra
Entre turbulências a calmarias
Das horas fartas as híbridas.

Como seria não fora a agitação
Das provas de viver o amargo
Na doçura desfeita sem líticas?








Teceduras


Vamos tecendo o pranto
Em cada sonho enlevado...
A cada fincada na sombra
Dos sonhos adoperados
A esperança pela espera
De novos horizontes...

Vamos lá... Tecer sonhos
Indeléveis nessa névoa
De verdades irrealizáveis.
Vamos tecendo os sonhos
Deixados bordar em cores
No escuro das intenções...

Levados pela ingenuidade
De parecermos sóbrios
Na embriagues das causas.
Vamos lá... Tecer os sonhos
Deslizados sobre os outros,
Deixados na insanidade.


Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
Clube de Autores, Amazon Kindle.

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